VIGESIMA QUINTA HORA


 
        Hoje o sabado tera vinte e cinco horas e não sei o que vou fazer dessa vigesima quinta hora.
        A minha poesia poderia voltar na vigesima quinta hora... Voltar da longa viagem que empreendeu, bater-me a porta, exausta, tanto quanto eu. Eu e ela nos olhariamos profundamente e sem palavra nenhuma eu lhe diria "Entra" .     Ela entraria, eu fecharia a porta.
        Quer uma agua, um cafe?
      Ela não responde. Vagueia o olhar pela sala, pelos livros, pelos CDs, pelos animais de pelucia (quando ela, minha poesia, se foi eles ainda não estavam aqui), pelas rosas preservadas as quais, segundo a loja onde as comprei, duram dois anos, rosas que ela tambem vê pela primeira vez.
        Depois, levanta-se, vai ate a janela e fica a olhar a paineira, nessa hora apenas um grande vulto escuro na noite. Ela, minha poesia, fica a olhar a paineira e eu fico a olha-la a olhar a paineira. Sinto o mundo de recordações que nos afloram.
        Afasta-se da janela, caminha ate a mala e a abre. Retira uma camisola, dirige-se ao banheiro. Respiro aliviada: Pelo menos nesta noite ela não tem a intenção de ir embora de novo.  




Nota. Esta foi uma escrita de primeira. So reli e fiz uma e outra correçãozinha.
Nota 2. Continuo com o problema dos acentos agudos. Preciso trocar o teclado, mas, trocar o teclado de um notebook sai caro... Então, por enquanto, fica assim mesmo.



              Feliz domingo, amigos.