CHÃO DE FÁBRICA

Ao que enche os seus olhos, ignora os meus. Esse seu afã por reconhecimento, se acotovelando numa fila imensa para sentar naquele bar lotado. Me cansa. Seu papel manjado de personagem plano se querendo complexo. Clichê. Não enxerga o helicóptero plantado no jardim ao lado, ocupado que está com o código de compras no "mercado livre" do qual é escravo. A sua vida é um tédio e você um saco. Conversinha vazia de filosofias de penteadeira. Não aguenta um mês (isolado ), que dirá um ano. Fosse deixado a sós com esses seus renomados fulanos, saltava pela janela ou enlouquecia de vez. Não.

Não tente me seduzir. Sedução é algo sofisticado e eu sou " chão de fábrica " Eu faço o meu mundo no meio dos escombros de meus ancestrais.

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Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 16/04/2019
Reeditado em 16/04/2019
Código do texto: T6624549
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