OS VIVOS E OS MORTOS DO TEMPO E DO MUNDO

Prolixas bocas que tanto se articulam... mas nada dizem

Não, oh! não venham mais a mim ao que imploro

Pelo qu'em tal grau me cansaram ao extremo

E confusa minh'alma tanto s’encontra agora

Basta! Eu quero silêncio!

Ai! No meio das coisas mais simples por qu'então complicaram?

Ao qu'em minha triste ingenuidade tantas mentiras aceitava

Pelo qu'escutei sem julgar na cegueira ou surdez de minha razão

E dessa maneira, creio sê-lo meu maior erro!

Oh! não, não mais agora

Só quem vive sabe... o qu'é o viver

E, portanto, pode da vida tudo dizer

Só quem ama sabe... o qu'então é, pois o amor

E apto está dele a falar

Só quem morreu sabe de fato... o que é a morte

E destarte, poderia dela a todos pronunciar

Ao que concluo:

Quão poucos me convencem do que seja... o viver e o amar

E por quê?

Simplesmente visto que mortas estão suas almas

(e os cadáveres... não amam...já que não vivem)

Oh! Quem sabe estes então poderiam me dizer a respeito da morte

Quanto, às vezes, dela quero saber

Mas os mortos, porque não vivem... não falam!

Faz-se óbvio

Então ninguém aqui haverá dela alguma coisa a me dizer!

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10 de junho de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 10/06/2019
Reeditado em 10/06/2019
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