Qual o seu preço
Meu escritor é uma pessoa amargurada. Acredita que a ciência é possível e necessária mas lamenta que esteja sendo desperdiçada pela mesquinhez humana. Busca a tolerância e empatia com aqueles que estão em posições contrárias aos seus ideais políticos, mas não se deleita demasiado com os momentos “eu avisei”. Faz da escrita um escárnio, fazendo da norma, piada. Sonhou tanto ser imortal e agora está aí. Aí. Aqui. Carecendo de erudição, faz uns txan tchun xuAuAUalOiai para querer contracultura. Que burrice. Não, que despautério! hAhAhAhAHAHhAhAH! Você, que vem com essa de bebericar a poesia, pare agora. Não me dê ansias. Não regozije as quebras de normas pelos ritmos e poesias que fazem o lamento dos oprimidos. Não se sinta um astrônomo vendo o surgimento de uma super nova. Tira agora sua bunda coberta por um robe vermelho da cadeira posicionada frente a lareira! Foda-se! Eu não vou me aposentar nem chegarei aos cem! Se quiseres oferecer contracultura aos teus amigos, não me faça de curador. Se posicione enquanto astro que ofusca a luz de seus satélites e segue me deixando só o dinheiro, porque problemas tenho demais.
Se achas engraçado o que escrevo, definitivamente você é mal intencionado ou burro.