SEJA HONESTO CONSIGO MESMO

Ciclópico a que sou nesta vital e sagrada jornada

E não s'é tal a sorte de todos?

Pelas luzes a que nela obscuras se fazem

Das fugidias figuras a nos achegarem... o tempo todo

Para aonde vou?

Onde, pois estou?

E quem aqui eu sou?

Não sei! Deveras qu'eu não sei!

Nesta vida qu'eu levo... sem saber de nada!

(nem dela.. nem de mim mesmo!)

Ah! Quão ingênuos os que acham... que acharam... o qu'eu não sei

E tão convencidos são... de suas tolas falácias!

Destes que se cegaram pelo falso fulgor de suas idolatradas luzes!

Ou qu'entupiram seus ouvidos com mil lorotas e balelas

A me olhar com total desdém... visto qu'eu não os sigo!

(já que mentir para mim mesmo... oh! eis qu'eu não faço, nem consigo!)

Não! Caso eu não prove d'alguma cara iguaria

Não sairei pelo mundo a dizer "sê-la o melhor dos manjares"

Isto é ser bobo demais

Isto seria uma grande hipocrisia

Então, tal não o farei... (como tantos o fazem!)

Não! Não sou um "maria-vai-com-as-outras"

Tenho caráter... tenho decência

E assim... dúvidas?!

Oh! Quantas eu tenho... (sem dúvida!)

Mas, prefiro-as... assim mesmo

E amo-as, a apoiar-me nas "mentirosas verdades" e certezas alheias

Não! Sou honesto comigo mesmo

Sejas tu... também!

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15 de junho de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 15/06/2019
Reeditado em 15/06/2019
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