CELEIRO DE SONHOS

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No celeiro do meu rancho
Guardo junto os sonhos meus
E com as palhas secas na mão
Enxugo minhas lágrimas
Que teimam cair no chão!

O cheiro do milho seco
O verde que insiste nascer
O gosto da terra molhada
O orvalhar na madrugada
Que umedeceram o meu viver!
 
Ainda ouço o som das águas
O canto do sabiá-laranjeira
As borboletas oitenta e oito
A mão cheia dos biscoitos
Que a "mãe-santa" preparava
De segunda á sexta-feira!
 
A molecada reunida
Brincando de ser feliz
O cãozinho brincalhão
Nas mãos, um pequeno avião
Brinquedo que eu mesmo fiz!
 
Lembranças que não deixo morrer
Guardadas sem cadeados
Que lotam o meu coração
Livres na imensidão
Dos sonhos de um menino
Que desde muito pequenino
Fora por Deus, abençoado
E que não deixa de agradecer
E por me fazer, ainda viver...:
Obrigado, Senhor, obrigado!