Metamorfosear-se
As palavras ao vento
Soltam-se, amigas
E sob o júbilo da liberdade
Dançam na fluidez buliçosa das letras.
E fazem um novo poeta
Que se mantém equânime.
Ao proclamar as emoções ao mundo,
Torna-se excelso, pomposo.
E no prelúdio da inspiração,
Vez reconhece, vez não,
Que é o impávido gerador da própria fortuna,
Mesmo quando enregelado pela módica desenvoltura.
Mas está selado pela bênção da res cogita,
Onde manipula a palavra a percorrer as inexauríveis searas em branco...
Porém, mesmo que melífluo e tempestuoso
Baseia-se no brio da proclamação.
Ali, torna-se poeta.
Não por adornar a emoção transeunte,
Mas por esvurmar a agonia que lhe esmaga, como uma pústula advinda da depressão...
E ter a bravura de um herói, ao ponto de relegar o desânimo,
Transformando-o em arte.