Metamorfosear-se

As palavras ao vento

Soltam-se, amigas

E sob o júbilo da liberdade

Dançam na fluidez buliçosa das letras.

E fazem um novo poeta

Que se mantém equânime.

Ao proclamar as emoções ao mundo,

Torna-se excelso, pomposo.

E no prelúdio da inspiração,

Vez reconhece, vez não,

Que é o impávido gerador da própria fortuna,

Mesmo quando enregelado pela módica desenvoltura.

Mas está selado pela bênção da res cogita,

Onde manipula a palavra a percorrer as inexauríveis searas em branco...

Porém, mesmo que melífluo e tempestuoso

Baseia-se no brio da proclamação.

Ali, torna-se poeta.

Não por adornar a emoção transeunte,

Mas por esvurmar a agonia que lhe esmaga, como uma pústula advinda da depressão...

E ter a bravura de um herói, ao ponto de relegar o desânimo,

Transformando-o em arte.

Milessa
Enviado por Milessa em 17/07/2019
Código do texto: T6698325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.