ROSEIRA

ROSEIRA

Perdoe-me ter atraído a sua atenção para minhas tão lindas mistas rosas.

Ante a ti a escolha. A paisagem, ou estas em meus galhos em meio as folhas?

Quão belas são não é mesmo?

Tudo ao redor em seu esplendor, refletindo a luz que o dia trás, pensar me faz:

Ora com mil pétalas... O que dirão as outras plantas, planícies, chapadas e relevos, se ao me ver seus beijos jogam soltos pelo ar?

E ao comporem suas telas e aquarelas, belos moços e donzelas querem elas ao seu par, compondo os traços que lhe farão brilhar.

Em seus piqueniques, fartando-se em seus banquetes, as vezes deixam que caia sobre este imenso tapate verde seus bocados, hipnotizados por elas.

Eu, Sra. Roseira, aos campos, grandes jardins, ou posta em vasos de eira ou beira, faço minhas as palavras lisonjeiras, cujos lábios de galanteio habitam quando fazem referência a suas pétalas como véus.

Apreciar, é claro que sim, fique avontade para delas tirares teus incansáveis elogios e comparações a quem tanto amas, a ela não ofenderás. Se porventura a chamasses cactos talvez, mas... " Linda como esta rosa... "

Não tenho dúvida alguma de que render-se-a aos teus pés.

A propósito a paisagem, perdoe-me pesso mais uma vez. Onde vives certamente rosas tens. Queres apreciar aquela ponte, o lago, a fonte de claras águas. Se queres repito, fique avontade, és um de nossos convidados. Porém querendo ficar, terei muito prazer em sua companhia.

Um excelente passeio, boa hospedagem, aproveite bem o seu tempo.

Um cheiro e um perfume para ti.

Até.

Tito Trugilho, 04 de setembro de 2019.

Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 04/09/2019
Reeditado em 06/10/2019
Código do texto: T6737286
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