Pois é...

A vida passa tão rápido que acordamos praticamente no meio dela e nos perguntamos: E agora ? É... a gente demora pra entender que a vida é tão preciosa e que quando menos se espera ela está se extinguindo, assim acordamos lá pelos 40 ou 50 anos de estrada e temos pressa.

Quando a gente se olha no espelho quase nem acredita que aquela figura miseravelmente sofrida somos nós...aquele adolescente cheio de sonhos envelheceu....e não viveu.

A gente vive de expectativas todos os dias, seja pela casa nova, pelo encontro, pelo carro novo ou simplesmente pela hora de estar à sós e relaxar ouvindo a música predileta, e mesmo que nada disso aconteça nossa auto defesa combate o medo, a angústia, a desilusão, tratando de insuflar em nós a esperança pelo dia de amanhã.

Cada um de nós é um mistério único e dentro da órbita em que giramos trafegam uma centena de nãos e porquês que só nossa alma sabe onde e quanto dói essas incertezas. Cada um de nós é senhor e súdito da própria solidão.

Dentro das nossas descobertas está uma nesga apenas da vida que gostaríamos de viver, entretanto quase nunca aprendemos a viver a vida que gostaríamos.

Somos concebidamente perfeitos e donos do arbítrio que nos guia, mas nos deparamos com nosso imediatismo, escravos de costumes e aparências. Somos produto do meio e nos enredamos por caminhos que nem sempre queremos; vivemos uma vida que quase sempre não nos agrada, simplesmente para dar satisfação a sociedade, que nos cobra posturas, falas e até padrões de vida.

Dentro de nós estão as chaves para todas as portas e sabemos que muito ainda está por ser semeado, e se aprendermos a olhar pra dentro do nosso eu , aprendermos ouvir o nosso coração, aí sim saberemos exatamente em que trecho dessa vida paramos de viver.

Não importa o quão breve possa ser a vida, importa sim saber vivê-la com intensidade, ainda que os momentos pra isso sejam minutos...

O tempo não deve secar nossos sorrisos e sim nossas lágrimas, nem devemos nos apegar a miudezas pois a grandeza de viver já é um presente.

Que o tempo voe, que a vida voe, contanto que ela me carregue para viver o que me resta sem receios. Deixo marcas no caminho para quem quiser me seguir porque viver também é uma arte para aprendizes como eu.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 03/10/2007
Código do texto: T678281
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