Samaria, a escrava

Adentrou a Senzala,

bebado e aos berros...

O Sinhô gritô;

_Samaria, Samaria.!

Samaria, Samaria,

onde se enfiou ?

Vem se deitá comigo,

que vou te dá a alforria...

A sala da Senzala silenciou...

No Tronco um sussurro se ouviu...

Um Capitão do mato, murmurou...

_Ela, a Samaria,

foi-se imbora...

Me serviu,

uma Boia estragada...

Embrenhou,

na mata fechada...

Escapou...

Fugiu..!

Faz-se profundo silêncio,

nenhum piu se escutou...

Mas, do Tronco, sisudo e frio,

uma voz rouca sussurrou...

De lá, com a calça arreada,

Capitão do Mato, falou...

_Samaria, minina arredia...

Me serviu estragada,

uma boia fria...

Entonces passei de tonto,

acordei peado...

Todo breado,

aqui nesse Tronco...

Bene - 20/11/2019

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 27/11/2019
Código do texto: T6804700
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