Costurando Centelhas
 
Tinha um tempo que eu vivia costurando trapos de felicidade, contemplando mais a escassez dos esplendores, a ausência de sóis, as asas fechadas e as colinas intransponíveis e inalcançáveis. Não olhava mais a terra pura, o chão de flores e girassóis que tanto amo. Rastejava-me em impossibilidades, estacionando vivendas em caminhos de cascalhos e céus tempestuosos. As paradas da vida me fizeram mudar. Hoje vivo o presente, espelho em mim a profecia que fiz... Trago centelhas nos olhos em minhas oferendas diárias de paz e luz ... e adormeço meus pra dentro em gratas aragens pela dádiva recebida. A vida acendeu em mim candeeiros de felicidades...