Ainda a pandemia

Notícias da TV, do Rádio e dos Jornais, Whats App, não importa o veículo que as comunica, tudo continua triste e desesperançoso; como se de repente perdêssemos o norte, à deriva estamos neste mar de incertezas e desconhecidos amanhãs.

Conheço sentimentos assim sem desfecho, que aos poucos vão caindo na indiferença sem que jamais se resolva o problema; vai-se acostumando com as desgraças até que elas se misturem ao cotidiano e virem rotina absurda e mal resolvida.

Não se percebe a expectativa de Deus, ou melhor não se questionam o que é esse transtorno. Pobre homem, cujo orgulho é supor que tudo sabe; ele que pouco estuda, nada aprofunda e muito quer possuir. Somos dotados de uma inteligência infinita, mas que desconhecemos o seu tamanho, somos oportunistas para tantos interesses nossos, mas desconhecemos o apelo daquele que nos criou; qual seria a meta para nosso conhecimento? A que devíamos nos direcionar e sermos seres responsáveis pelo outro? Onde está a vitória a que perseguimos?

Um Criador tão organizado, sábio e repleto de sentimentos nobres e plurais, não imaginou uma humanidade egoísta e singular, que vive em função de superar o amigo, seu parceiro, seu semelhante, Ele que direcionou seu sangue na forma de um Filho humano e sujeito às pandemias mundiais, não esperaria de um povo ciente ser individualista e ambicionar "o ter", para que sobressaia sua esperteza e sua ganância; antes queria Ele não ser tão louvado, venerado, glorificado em tantas formas engrandecido em palavras, mas que enxergasse que seu querer reside na verdadeira união de emoções e sentimentos.

Vitoriosos seríamos se ao invés de o homenagearmos com tantas palavras e atos vazios, fôssemos cumpridores de sua exemplar rotina de amor e doação com qual se mostrou ao mundo; Ele espera muito menos de todos nós, apenas a harmonia em sua Criação.

Por essa e por nossa falta de fé é que nos sentimos ameaçados pelas doenças, pelas guerras e por nossa insignificância, pois sabemos que somos capazes de afastar o mal, as dores e, que não o fazemos porque vai nos tirar o tempo para construirmos nossas riquezas, as quais não se sabe para que ou para quem um dia vai ser importante. Será que somos também eternos?

CidadiPaula
Enviado por CidadiPaula em 02/06/2020
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