Saudades!
Saudades da minha terra!
Olha seu moço eu vou lhe dizer...
Saudade é coisa que em nós pode acontecer!
E quando a gente menos espera
Os olhos começam a chorar...
Devido essa tal saudade que teima em chegar
Machucando e espremendo o coração
Fazendo com que nós queira volta pro sertão!
É tanta dor que dói até a nossa alma...
Só quem sente saudade que até se acalma
Saudade mesmo tenho lá do meu interior...
... Pois foi lá onde tudo começou!
Eu menino matuto e muito desconfiado
Vivia na roça traquinando fazendo o errado
Quando os dono da roça descobria...
... logo dizia eita, que menino danado
Vou contar pra teu pai pra tu ser castigado
Mesmo assim me bate aquela saudade...
Da vida boa, mesmo sem ter nada!
Bastava tá zuando quem passava na estrada
Juntava os amigos para as aventuras...
Tomar banho de rio, açude, ou lagoa
Prosear ou até mesmo mangar das pessoas
O tempo ia passando e eu sempre despreocupado
O estresse não ligava, dele tava curado!
Hoje na cidade grande não vivo a vontade...
Tenho que ter muito cuidado no viver
Pois ao chega e ao sair de casa, tudo pode acontecer
A violência é tanta que de bala perdida se pode morrer
Se vai para o trânsito logo perde a calma
O desrespeito com você é grande que causa trauma
No interior não tinha nada disso na vida cotidiana
Era tudo tão calmo que entrava semana e saía semana
Que nada na sua rotina nada mudava!
Que saudades daqueles tempos quando ainda era menino...
Mamãe me mandava comprar na venda de seu Aquino
E quando eu logo não chegava ela nem ligava
Pois ela sabia que era eu que me impailhava...
demorava pra voltar, mas eu voltava!
Edmilson de Melo Oliveira.
01/07/2020.