Não minto, mas invento
Nem sempre falo a verdade; não é que eu minta, eu invento.
Quem escreve
tem algumas vantagens, certos segredos.
Com caneta e papel à mão, posso falar de amor sem ter amado. Posso falar de tristeza enquanto sorrio. Posso estar à beira do abismo sem sair de casa.
Não faço acusações a quem quer que seja. Apenas coloco no papel o que me diz a minha voz interior, companheira de todas as horas.
Ela me ajuda muito a escrever, a inventar, como disse, no início deste texto. Mas ela jamais me ensinaria a mentir. Se tentasse fazer isso não aceitaria sua sugestão mesmo que fosse pura invenção.