Como extrair poesia no meio de uma pandemia?
Porque preciso de resiliência para ver na dor
Uma maneira de resistir, cuidar, em nome do amor
Sobreviver ao vírus que assola mundo
O monstrinho abraça o mundo, espalhando terror
Mata, Isola, entristece, separa filhos da mãe
Sem escolher raça, status, geografia, ele nos ataca
Espalhando a morte e, o mundo se encolhe
Tendo a dor, a morte como inimigos terríveis
Reclusão, quarentena, ruas e comércio vazios
A fome que se espalha, o desemprego...
Parques e escolas sem crianças, pais em casa
A quarenta que salva, o trabalho que faz falta
Hospitais superlotados, e a morte disputa um leito
A ciência que estuda uma vacina que salva
E o homem que se reinventa
Solidariedade de uns, capitalismo que não desiste
Mesmo nessa tragédia que assola o mundo.
Mas há mudanças sociais, cantos nas janelas
Amor sem abraços, beijos sem tocar os lábios
Esperança que nos diz que tudo vai passar
Um novo dia vai raiar, a liberdade vai voltar.
E homens pós sofrimento, entenderá
Ser a humanização dos povos o caminho
O caminho para sermos mais complacentes.