O Inferno às Vezes Vira Céu

Se estiveres a atravessar o inferno, não pares ( Winston Chuchil). Olhe lá longe o teu destino de chegada. Mas olhe também de onde tu vieste. Por que? Ora um ponto de referência de saída pode ajudar a encontrar a chegada, o destino, e aí zás, adeus inferno. 

Mas sempre vai sobrar aquele bocadinho de inferno, aquele sem o qual tu não podes passar, é o teu inferno particular, onde só tu cabes lá. 

Ali é o alimento primordial do teu prazer. Tua unidade de medida, inferno x céu . 
Tolamente pensas no inferno, o início do teu prazer. Lugar onde podes a qualquer hora entrar e ter pena de ti mesmo, te martirizares pelo que não foste capaz de conquistar, te vitimizares e tantos auto flagelos mais, sem medo ou vergonha de senti-los. 

Mas o céu; Ah! Tantos desejos que nem sempre dependem de ti mesmo, mas teimas em mantê-los acesos mesmo quando a luz se torna uma simples faísca. E sem dó, simplesmente para relaxar, queres voltar para o teu inferno particular. 

Contudo há que se ter cuidado com o desejo, porque ele pode se transformar em algo impossível o que não seria saudável desejar fazendo-te confundir ou se iludir com o estado infernal do prazer, que mesmo assim na ausência de algo imediato e melhor, te seduz  a ele voltar ou, a nele permanecer.

Entretanto tristeza atrai tristeza e alegria atrai alegria. Então é melhor, realmente, se estiver no inferno não pare. Assim tu não te acostumas com a tristeza e vais correndo buscar tua alegria que se multiplicará dependendo das pessoas a quem tu te dedicares.

Eu ‘ heim’... Voa tristeza, quero buscar sempre alegria pra me curar do meu inferno particular. 

In: ‘O Inferno às Vezes Vira Céu’ prosa de Ibernise. Fotografia de Ibernise. Barcelos 04MAR2018
 
Ibernise
Enviado por Ibernise em 18/07/2020
Código do texto: T7009485
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.