Nossa intertextualidade
Não sei dizer que não quero, mas também não consigo te dizer ‘sim’, escondo a verdade até de mim. Ainda falo sobre a lua e o Universo, sobre signos e zodíaco, e ainda tenho medo mas estou sobrevivendo. Que coração preguiçoso esse meu, prefere fugir do que insistir.
Reli os versos que te escrevi, sorri e senti. Escutei aquela música que escreveu para mim, sim, eu te vi e te lembrei, ao som do violão, tentando uma conexão com o meu covarde coração. Sorri com a memória, com a lembrança gostosa de um amor arriscado em um campo minado de sensações.
Às vezes, é melhor deixar ir e fingir não sentir ou é melhor correr o risco de um amor feliz? Só sei que não às vezes, mas sempre, sou melhor em escapar por um triz do que permitir sentir o que foge ao meu roteiro de eterna aprendiz. Não tracei os nossos destinos no meu vestido florido, mas talvez em um universo paralelo, os meus versos ainda rimem com os teus nessa nossa intertextualidade da paixão.
Você foi além de uma sensação, foi bom te sentir, mas deixa, talvez, seja melhor não errarmos mais o tom.