Te quero ao voltar! Te quero de volta!

Longa cavalgada sob a lua, à madrugada,

Minha amada namorada, vou encontrá-la.

Seus olhos diamantes, luzes, brilhos

cintilantes,

Em meu cavalo galopante a encontrá-la.

A lua, meu lado, galopando em translado,

Passo a passo, seu compasso deslizante,

é unica companheira na jornada

até meus melhores instantes.

Minha amada, minha amante,

Vou em busca do que antes eu não tive,

Minha luz, minha pousada,

Quero o teu medo, o medo de amar.

Quero te encontrar, quero-te.

Chegada em tua varanda,

levo aqui o teu presente.

Fico lá, levanto o olhar quando vir atender.

Minha frágil adorada, pequenina aprendiz.

Caia em meus braços e em minha rede,

Aprenda comigo o que já sabe,

o que apenas está adormecido.

Confie em mim.

Sou teu cavaleiro da madrugada,

cavalgue-me.

Cale-me, acalente-me,

dá-me o seio que anseio.

Que sede por essas estradas...

Quero estada, colo, ombro, pernoite.

Pela estrada, o frio da noite passa por mim

E a cada instante se aproxima o calor.

É você o meu calor.

Por ti ardo, pulso e anseio.

Aceite-me em sua porta.

Corre até a varanda.

Abra a janela, o dia amanhece,

Um viajante assoma na estrada.

Abre o portão.

Vem correndo com uma tigela

de água fresca na mão,

Um cavalo montado se aproxima,

Uma alegria chega,

Um ser da noite está à porta.

Abre tua casa agora,

areja a sala, apruma os cômodos,

Ajeita as almofadas como achares bom.

Alguém importante é iminente.

Acolhe-o contente,

Abre a porta e vem receber,

Alguém retornou de uma longa jornada.

Abre, acolhe, assente, ajeite, aceite,

Sou eu!