À minha ilusão

A ilusão,

Esse corpo etéreo que conforta e seduz, que irrompe os quartos e cavalga nas sombras suportando as dores,

Que reluz amores

Na imaginação

A fantasia estranha, prisioneira de um rei decrépito que brande a espada e enriquece a sós, que a vida ceifa, que colhe a seiva daqueles que sonham

Aquele que deseja, que brilha em vida e ecoa entranhas, padece da sanha do tirano impávido aguardando em ânsia o alvorecer

Vertiginoso é o olhar do sonhador, que insiste em pulverizar as mágoas dos amores antigos, que traça presságios e dedilha signos para reviver os teus dias

Quisera eu, como Ícaro, criar asas e voar novamente ao teu sol, só para cair no abismo de nuvens estrelas, e mais uma vez ser pássaro,

ser homem,

ser astro,

ser teu.

Eduardo G Silva
Enviado por Eduardo G Silva em 30/09/2021
Reeditado em 02/10/2021
Código do texto: T7353933
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