Becos e Esquinas

 

Em dados instantes debruço no tempo,

Abro a janela da alma e me jogo, me solto.

Nos becos de mim há tantos mistérios

Gostaria de encontrar os meus invernos.

 

O calor que me esquenta é brasa na áurea,

Quero amplitude dos pedaços que calam. 

Decreto óbito do que matei nas esquinas,

São resquicios do bom que era a vida.

 

Em mim há ruas estreitas e desertas,

Ruas sem saídas, raízes quadradas nas sestas.

O belo e o feio se abraçam , se infestam.

 

O belo saí às ruas diz que a vida é toda sua, 

O feio faz terapia e se encanta com a luz do dia.

Na busca a janela da consciência se alerta.