APENAS DIVAGAÇÕES

Impressionam-me os sentidos configurados na realidade física e prazerosa, acercados por essas coisas que latejam, crescem, brilham, gravitam, se multiplicam e morrem, num constante fluir, perecendo ou renovando-se.

Indagações essenciais forçosamente buscam por respostas que estão além das fronteiras da compreensão. Disponho-me a acurar minhas inspirações, oriundas dessa brevidade existencial fomentada por imensos sustentáculos filosóficos.

Neutralizo as solicitudes da alma e, por vezes, rendo-me a mecânica do universo. O comum passa a fazer parte da arte, que descamba imprescindivelmente para o vulgar. Afinal, para quem falar? Alguém se interessaria em ler ou ouvir? E para que foram feitas palavras tão ornadas se tão poucos podem entender-lhes os sentidos?

Estendo meu olhar ao aceitável sem deixar de flertar com os limites da turbação, transportando meus momentos confusos para a magia verbal fascinante, a qual tantos outros costumam chamar de poesia. Eu chamo de retorno ao meu lar...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 25/11/2007
Reeditado em 10/04/2013
Código do texto: T752234
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