Ao sol

Em pleno século XXI,

É um absurdo o que vivemos.

O surreal atinge em cheio –

As nossas vidas,

Adversidades antigas.

No vislumbre do novo amanhecer,

Vítimas dizimadas à esmo.

Contudo, nunca aprendemos a lição,

Jogamos no colo da normalização.

A incerteza futura toma-nos em cheio,

Como uma bala atinge o peito –

Desfazendo qualquer perspectiva,

Anulando as expectativas.

No prato vazio,

Altíssima inflamação.

E nos deparamos desolados,

Na ilusão.

A alucinação caótica –

Reverberando na alma,

Dilacerando a carne -

Vicissitudes desconhecidas.

O auto flagelo pelo esperança,

Que talvez não exista.

Arriscando a própria vida,

Para ter o que comer.

Riscos que deixam a carne marcada,

Isso é quando tudo não se acaba.

Tudo se resume ao caos –

Toda angústia por menor que seja,

Leva ao desespero.

Consequentemente:

Gera o desequilíbrio da cerne,

Não que sejamos superiores a alguém.

O que mais desejamos,

É possuir um espaço –

Um lugar ao sol,

Mesmo que seja pequeno –

Para sobreviver a tormenta do mal.

Quem sabe?

Se algum dia possamos aprender,

A compartilhar o que possuímos.

Visando o bem estar,

E o uso sadio dos recursos naturais.

Tudo o que é demais,

Um dia descamba para o desperdício –

Ou para a nossa própria destruição.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/06/2022
Código do texto: T7541546
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