A própria língua

É impressionante,

Todo e qualquer tipo de razão.

Levando-nos a nocaute –

Como se fosse o abate.

Vidas sobrecarregadas,

Com a discriminação.

Horrenda acusação:

De vitimização.

Em uma sociedade,

Que morde e assopra.

Antes alguma ajuda,

Hoje em dia –

Nenhuma migalha.

O dinheiro,

E sua desvalorização.

Aos pobres –

Resta apenas a inflação,

Retirando o poder de compra.

Cadê o seu quinhão?

O que se vê,

São injustiças para todos os lados.

Mesquinhos espíritos –

De políticos desalmados,

Em constante proliferação.

Enquanto, aqui desse lado,

Apodrecemos humilhados -

Na sarjeta vilipendiados.

Por onde anda –

O verdadeiro x da questão,

Para a tão sonhada modificação?

O solo urbano – As matas,

Sob um total escárnio e difamação.

Propinas a dar com o pau –

Proliferação.

Estado omissor –

Vil constatação.

O progresso a Deus dará,

Total falta de equalização.

Enquanto, pela mídia,

Testemunhamos o descaso –

As fake news à deriva,

Atingindo a sua meta.

Entretanto, surpreendemo-nos –

Com os números irrisórios,

Alcançando a seta.

Para o que é errado,

Tachado como normal –

Batemos palmas.

Contudo, pouco a pouco,

Morrendo a míngua –

Mordendo a própria língua.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/06/2022
Código do texto: T7546029
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.