Asfixia involuntária

A realidade me asfixia,

Procuro me desvencilhar.

Como se me debatesse,

Para tomar o fôlego.

Essa atmosfera claustrofóbica,

Anestesiando-nos,

Cortando o vínculo com o surreal.

Tira os pés do chão,

Prende as asas.

Não é permitido sonhar?

Causa a sensação de ansiedade,

Arritmia –

Falta de ar.

Tal condição,

Não condiz com a perspectiva.

A sombra sobre o prisma,

A ditadura velada –

Atordoa a mente.

Criando a loucura,

Aonde não tem -

Gerando um desmantelo geral,

Na ordem do caos.

O que será que realmente acontece?

A energia condensada,

Revolvendo-se –

Uma poeira negra,

Embaçando a visão.

Incrédulos –

Caminhando sem direção,

E nem ao menos expectativas.

Com direito ao meio,

O receio de sair de nossas casas –

Quando se tem uma.

A mesma história,

Escreve-se a cada dia.

Os iguais erros macabros,

Como se o novo mundo –

Contasse as antigas histórias.

Repetem-se os mesmos ciclos,

Ao que acontece sem direcionarmos.

O que buscamos:

É sobreviver neste território hostil.

O qual não sabemos –

Quando conseguiremos escapar.

A vida insólita,

Como volúvel –

Tomando a forma que se tem.

Sem nenhuma chance da bonança,

A não ser o desespero.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 04/07/2022
Código do texto: T7552003
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