ANÁLISES SOBRE UMA REALIDADE

“Apenas concretizamos o ideal dos deuses,

num mundo onde o único concreto é o abstrato”.

Quando tentamos imaginar

o que seja real ou ilusório,

ficamos e criamos o impasse,

diante dos pensamentos que nos são jogados

todos os dias, como únicas realidades...

Quando ouvimos palavras, ditas

por pessoas que ainda nem mesmo

souberam descobrir o que são...

Quando pensamos que somos o máximo

porque criamos alguma coisa

que julgamos ser nova...

Quando falamos de crenças

que nos foram impostas no

contexto do mundo onde vivemos...

Quando achamos que tudo se resume

na sentença das igrejas

que há muito já lotearam o céu...

Dentro deste contexto de um mundo

Irreal ilusório com conotação de real,

pensamos que somos os criadores de alguma coisa.

Entre Deus e o diabo,

o eterno duelo entre o bem e o mal.

E nos comportamos, tomando partido

de um lado, simplesmente por medo

daquilo que ainda não conhecemos.

Somos criados num mundo de ilusões,

que são mantidas para nos tornar

sempre vítimas indefesas, necessitando

que nos resolvam os problemas ,

quando, na realidade, deixamos de encarar

tudo de uma forma real por simples medo.

Quando imaginamos algo de novo,

apenas transportamos para o mundo físico

o ideal dos deuses, que se acham

plasmados no éter, já de há muito.

Teorizamos sobre o que ainda não conseguimos entender

e as teorias ficam atormentando a mente de muitos,

tentando provar o que é real ou ilusório.

Os sábios falam, jogam suas palavras e passam.

Os homens passam a vivenciar as dúvidas,

até de que alguém consiga provar uma verdade ou mentira.

O abstrato passa a ser real, num mudo de concretismo relativo.

O ruminar das idéias cria e plasma

os desejos e ansiedades de enigmas e problemas

do mundo das idéias.

O pior de tudo, no entanto, é aquele

que se subjuga a todas as ditaduras

e fica parado, esperando a salvação

por um Deus que, segundo sua concepção,

vive única e exclusivamente para servi-lo,

para tirá-lo das situações de perigo e embaraços.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 29/11/2005
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T78267