que o virtuosismo fálico adormeça...

As tardes crepusculosas onde as ideias cansadas navegam pelo esbatido da cor, são como envolvente neblina no mistério opaco.

...Quase como um fantasma, saio das virilhas em que suspiro e vou, rumo acima, como um beijo linguajado pelo dorso do sonho erótico.

Aí,bem acima, onde os caminhos se cruzam, salivo sedes e na angustia que me cala, envolvo corpos na subida lenta do desejo.

Estou no topo do rumo, bem por cima do crepusculo, onde a lua espreita e o sol, qual pássaro esvoaçante, teima acolher-se a outro dia.

De bafo quente e corpo perdido, espero que o virtuosismo fálico adormeça sob o gume da minha fúria perdida.

Deixarei que o sonho aconteça ante a ilusão do grande momento, imaginando que o suspiro que antecede o profundo,

não é mais do que o breve instante, em que a cobardia desce às sombras do quieto e magnético silêncio...