deixai-me

A minha voz vai selar o sonho de uma caminhada curta mas intensa

Vai calar o grito que trago na alma

E o voo desta ave que voo sempre sem destino

A minha voz vai calar-se porque temeu o mundo

Em garras e lápis de carvão que se partiram sucessivamente

O meu silêncio jazerá para sempre na lápide mais azul que grava o destino de um pássaro à deriva no mar

E se o medo me vier buscar, que me leve sem pausas e traças e num espasmo só

Me deixe ir sem tempo, sem saber, mas com a sabedoria de uma vida tatuada no corpo e em feridas da alma

Deixai-me ser melhor

Deixai-me ser maior

Concretizar os sonhos dos meninos

Da minha herança de sangue

Limpar a crosta que sempre sangrou

Deixai-me ainda sorrir

Sentir na pele o orvalho da manhã

A audição daquela gargalhada sonora

A colheita de um abraço tão forte quanto o teu

Deixai-me ainda sorrir com a idade

Iluminar as rugas

Chorar por mais

Cantar e dançar

E quem sabe… Voltar a VOAR

A minha voz vai selar o sonho de uma caminhada curta mas intensa

Vai calar o grito que trago na alma

E o voo desta ave que voo sempre sem destino

A minha voz vai calar-se porque temeu o mundo

Em garras e lápis de carvão que se partiram sucessivamente

O meu silêncio jazerá para sempre na lápide mais azul que grava o destino de um pássaro à deriva no mar

E se o medo me vier buscar, que me leve sem pausas e traças e num espasmo só

Me deixe ir sem tempo, sem saber, mas com a sabedoria de uma vida tatuada no corpo e em feridas da alma

Deixai-me ser melhor

Deixai-me ser maior

Concretizar os sonhos dos meninos

Da minha herança de sangue

Limpar a crosta que sempre sangrou

Deixai-me ainda sorrir

Sentir na pele o orvalho da manhã

A audição daquela gargalhada sonora

A colheita de um abraço tão forte quanto o teu

Deixai-me ainda sorrir com a idade

Iluminar as rugas

Chorar por mais

Cantar e dançar

E quem sabe… Voltar a VOAR

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 09/01/2008
Código do texto: T809666