Sou grata
Sou grata pelas noites de insônias e também as de descanso
Ao abrir as cortinas ver a luz do dia e pelo sol que nos irradia
Principalmente pelo ar que respiro e a chuva refrescante fria.
Sou grata em voltar a caminhar, volitar e observar as nuvens
Sentir o sol aquecendo o meu velho corpo na batalha vencida
Rodopiar pela relva e sentir os cheiros das flores enaltecidas...
Sou grata de ir e vir e poder decidir sobre as minhas escolhas
Por cozinhar, me alimentar sozinha e ainda sentir bons sabores
Poder usufruir das minhas mais ínfimas conquistas e valores.
Sou grata pelos bons momentos com os queridos familiares
Pela dedicação deles, quando mais precisei eles não vacilaram
Demostraram seu amor quando adoeci e muito me ajudaram.
Sou grata pela vida, por estar aqui e compartilhar com todos
Pela grandiosidade das sábias mãos que curam sem as arrogâncias...
(médicos, enfermeiros, cuidadores...)
Pela sapiência de fazerem o bem, com seus dons, sem tantas ganâncias...
Sou grata aos meus leitores que apreciaram os meus escritos
Fizeram parte desta minha trajetória poética nesses recantos
Independentemente da forma que for, sempre haverá encantos.
Sou grata ao universo pelo bem viver por sessenta e seis anos
E poder registrar os meus movimentos no momento presente
Pela vida que é um sopro e no apagar não há dor, a vitalidade ausente...
Boas festas, momentos de harmonia como as borboletas nessas florinhas amarelas. Que sobrevoam em paz, fazendo parte da vida delas.
Texto e imagem: Miriam Carmignan