Sinta...É tempo.
Acaricie com os pés, a terra que tu pisas, vai! Sirva-se dela enquanto há tempo.
Deixe que a água que banhas, faça o trabalho na tecitura de Ti. Verás que o germe que te dá constituição, é Ígneo Sagrado, puro amor .
Não te perdeste de amor um dia nos braço de quem amou?
Como também nos beijos enlouquecidos do amor juvenil?
E da paixão fostes servo ? Consumiu-a de canudinho, e de forma flambada?
Podes me entender.
Se continuar a virar as costas para a vida, depois de quase findo a cera, quem ficará para atuar na história na parte que é de tua responsabilidade?
Ainda há tempo de ser no pavio, na chama. Não se preocupe, a cera serve de refrigério para que o pavio não seja consumido pelo fogo antes da hora finda.
Para viver este estado ardente, deverás estar puro, in natura, sem os alucinógenos e químicos feitos da matéria de fogo inferior que o homem produziu, que corrompem os canais intuitivos, campo da alma. Estes bloqueiam passagem, invertem as polaridades que iam logo adiante se fundirem.
Pare e respire no silêncio, nas profundidades sem fim do seu interior.
Quando for o tempo exauridor, seremos recolhidos daqui. Enquanto isto...
Sinta a vida num respiro mais prolongado, mesmo neste que reflete o desespero e enfado de ser gente no mundo, flui submerso em tudo, ela na forma irrevelada, bem aventurança em forma de estar que junta tudo num significado.
Podes crer! Não somos deste mundo...estamos aqui de passagem, num propósito.
Ainda há tempo!
Foi dito...
Teríamos que renascer. Era a tarefa de casa.
Teremos que renascer...