DEIXA DE ENGANO

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Fi-lo acreditar que não mais o queria

pois se amá-lo sofreria em profusão,

sufocando a saudade delirando ao horizonte

pospor os sonhos transparentes na ilusão.

Rompeu-se de súbito a força desconhecida

tempestivando intensamente o silêncio musical

enfadando a madrugada, com insônia infinita

- será que raiaria um só eco, da orquestra matinal?

Poços de magia perderam-se no universo

ironizando o dia, nas sombras encobertas

envolta das nuvens, dançando, rodopiam

permissividade de euro, platônico em picardia.

Predizer se há desfecho, em sonhos plurais,

Singularmente corrompidos em comédias rodrigueana

misteriosamente não sei, se rio, choro, ou hitlerismo

protagonizando o passado, enraizando os ideais

porventura vês, - o futuro, eternamente ressonante

mantendo - se sempre na estrada ascendente

devaneio nas mentes, a ilustrar sorrisos plásticos

- vês ressurgir os titânicos, guerreiros magistrais

se reconheceres as imagens em espelhos refletidas

muitíssimas vezes em essência preceitos sofistas

desprezávamos como inúteis, pendores filosofais

visto que tudo se renova, em conceitos universais.

Há mundos visíveis aos olhos nus de um artista

criador de ilíadas e odisséias fenomenais,

Tal como Dante, - Homero vislumbrou o Hades

Mentor de aventuras, coisas feias, disformes, infernais.

Porei o amanhã, em liberdade plena

Tudo se esvai, como austero sofrimentos

Mas a saudade companheira fiel, compreensiva.

Sinta - solidão efêmera , circundando esta vida.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 15/02/2008
Código do texto: T860473
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