ARAGUAIA

Durante férias tiradas por mim, fui ao Araguaia para me divertir.

Nadar, pescar e viver assim, por alguns dias, bons para mim.

Indo contra a corrente por horas a fio, ouço até o murmúrio do balanço do rio.

Atravesso veloz sobre as águas correntes pensando no nada, olhando pra frente.

Os sons se completam no ronco do motor, estridente que é, quando acelerado.

Em meus pensamentos distantes eu quero como o resultado por todos almejado.

O pescado.

Paramos na praia e respiro bem fundo, roubo todo ar que flutua no espaço.

Eu sou dono de mim, sou dono do mundo, fecho meus olhos, mas não sinto cansaço.

Atiro longe a linha que desce, levando o engodo já preparado.

O peixe que nada veloz é feroz ,engole a isca e a água que risca.

Fico animado.

Durante minutos de luta constante,ele foge, sobe e desce, tentando assim, fugir do anzol que lhe prende à linha.

O molinete que escorrega, o prende e o cansa.

Os minutos que passam aceleram a batida do meu coração, que logo se agita e também se excita.

Após longa luta consigo a vitória, é mais uma história para ser comentada.

Isto é o motivo da constante fadiga, há quem diga.

Após arremesso recolho, relanço e sigo assim.

Longe eu tento enfim, pegar mais um peixe e trazê-lo pra mim.

Araguaia é isso, água, mosquitos e sol onde sempre procuro uma recompensa.

Recolho o anzol, com o peixe que fora fisgado.

Mas eu sempre espero pegar um pintado.

Recolho o anzol e relanço no rio, esperando conseguir pegar o troféu do pescador.

O peixe belisca, ele morde a isca.

Arrisco e tento pegar, a quem não importa...

Mas que morda a isca.

18/07/02-VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 26/02/2008
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