A igualdade das diferenças.

A pergunta que me assola é: Por que eu? A resposta que me ocorre é: Por que não?

Quando fecho os olhos, no silêncio dos meus sonhos, vejo-me no limiar da insensatez.

Um sol novo, de onde não sinto o seu toque na minha pele. Não identifico nenhum canto de pássaros. Nenhum. As cores nas árvores são diferentes. O horizonte aponta para o outro lado. O vento não fala o meu idioma. A cachoeira congelada me avisa que não sou daquele lugar.

Mas quando estou no limiar da lucidez, sinto que aquele sol deixa o céu como novo. Os canto dos pássaros me mostram um mundo novo de sons maravilhosos. As cores das arvores pintam matizes que eu jamais imaginei. O vento não fala meu idioma mas eu o compreendo perfeitamente. E apesar do branco predominante nas águas geladas avisarem que eu não sou dali, ao mesmo tempo me desafiam a descobrir o novo. No meu horizonte, há apenas um lago sem igual me atraindo para as delícias das sensações conflitantes.

Marco Romano
Enviado por Marco Romano em 26/02/2008
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