UM PACTO COM O TEMPO
São as saudades do que nunca vivi, o que mais preenche minhas horas de solidão. Instantes em que permito o acesso através de minhas brumas densas, intensas sentimentalidades, propagações de um "eu lírico" substanciado em escritos intraduzíveis.
Existenciais os conflitos, ou mesmo a própria existência, confabulo minhas discordâncias com personagens que me sustentam e apóiam minha sanidade. Afinal, desde que descobri que subjetiva é a realidade, rompi com o compromisso de viver o que não me pertence.
Não disponho de tempo. Ele se dispõe de mim. Extremamos um pacto de convívio harmonioso. Expresso sentimentos possíveis, buscando a evolução de minhas concepções e o senhor dos destinos mantém minha mente em sintonia com a coerência, coagindo qualquer que seja a minha insensatez...