SOBRINHO TRAPALHÃO
O artístico objeto em barro moldado,
Minha casa embelezou
E a muitos encantou
Até que um sobrinho estabanado,
Sem sequer admira-lo, nele esbarrou.
Oh! Foi a exclamação
Que ouvi e me fez perceber
Mãos que a ele acudiam,
Dos amigos que meu desgosto previam,
E, tentando prevenir o mal,
Buscavam evitar a queda fatal.
O esforço foi em vão.
A escultura balançou, balançou...
Nas mãos amigas ainda tocou,
Mas... seu destino foi o chão.
Espatifou-se ante meu incrédulo olhar,
Que via, sem querer acreditar,
A proeza do sobrinho trapalhão.