SOBRINHO TRAPALHÃO

O artístico objeto em barro moldado,

Minha casa embelezou

E a muitos encantou

Até que um sobrinho estabanado,

Sem sequer admira-lo, nele esbarrou.

Oh! Foi a exclamação

Que ouvi e me fez perceber

Mãos que a ele acudiam,

Dos amigos que meu desgosto previam,

E, tentando prevenir o mal,

Buscavam evitar a queda fatal.

O esforço foi em vão.

A escultura balançou, balançou...

Nas mãos amigas ainda tocou,

Mas... seu destino foi o chão.

Espatifou-se ante meu incrédulo olhar,

Que via, sem querer acreditar,

A proeza do sobrinho trapalhão.

Hegler Horta
Enviado por Hegler Horta em 15/01/2006
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