SOLSTÍCIO
A mãe das minhas magoas me afoga
Na concupiscência soberba
O beiço torpe brada repulsa ao manso
O lamento sem contexto dissimula o coerente
No lar dos anciãos, odres velhos possuem considerável relevância.
O que tira proveito do suor genuíno,
Vagabundeia-se ao caminho tortuoso.
Me encanto, com o canto dos pássaros solitários
O solstício do sábado fez-se hipócrita
E a porta do quarto virou refugio doravante.
Doravante suporto a dor
Doravante choro calado,
Doravante não suporto o solstício.
Vela tua vaidade,
Cura tua sangria
Castidade não tem validade
Teu pecado tu expia.
Deleita teu sorriso em prantos,
A confusão chancela sua ida ao conclave da amargura.
- INSOLENTE! PEGA TEU CHAPÉU E VAI-TE EMBORA.
SÓ NÃO ESQUEÇA TEU CASACO, POIS FAZ FRIO LÁ FORA.