SOLSTÍCIO

A mãe das minhas magoas me afoga

Na concupiscência soberba

O beiço torpe brada repulsa ao manso

O lamento sem contexto dissimula o coerente

No lar dos anciãos, odres velhos possuem considerável relevância.

O que tira proveito do suor genuíno,

Vagabundeia-se ao caminho tortuoso.

Me encanto, com o canto dos pássaros solitários

O solstício do sábado fez-se hipócrita

E a porta do quarto virou refugio doravante.

Doravante suporto a dor

Doravante choro calado,

Doravante não suporto o solstício.

Vela tua vaidade,

Cura tua sangria

Castidade não tem validade

Teu pecado tu expia.

Deleita teu sorriso em prantos,

A confusão chancela sua ida ao conclave da amargura.

- INSOLENTE! PEGA TEU CHAPÉU E VAI-TE EMBORA.

SÓ NÃO ESQUEÇA TEU CASACO, POIS FAZ FRIO LÁ FORA.

Luiz Jordão
Enviado por Luiz Jordão em 27/06/2019
Reeditado em 03/07/2019
Código do texto: T6682851
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