Catolicismo. Dados informativos a respeito de Frei Galvão.

Através de correspondência datada de 10 de julho, do ano em curso, devidamente assinada pelo Sr. João Sérgio Guimarães, Coordenador da Campanha para publicação do livro contendo fatos e milagres da vida de Frei Galvão, dirigida a mim, tomei conhecimento de fatos até então desconhecidos e que ensejaram a canonização do Frei Antônio de Sant Anna Galvão em 11 de maio ainda deste ano, por Sua Santidade, o Papa Bento XVI, ocasião em que visitava o nosso País.

Acreditando tratar-se de um assunto interessante, principalmente para os Católicos, resolvi trazê-lo até este Recanto das Letras, com a intenção única de lhes esclarecer.

Segundo o relato do mencionado missivista, um de seus amigos mais próximos lhe contou um caso encantador a respeito de Frei Galvão:

Num certo dia, um pobre pai de família deixou aflito e apressado o seu local de trabalho. Era tarde, quase noite.

Com poucas moedas no bolso, o angustiado homem dirigiu-se a uma das várias vendinhas, as quais mal pareciam “botecos,”existente nas proximidades do Mosteiro da Luz, em São Paulo.

Ele tinha como finalidade conversar com o dono de um desses empórios para, envergonhado, explicar-lhe que não teria como pagar a conta referente aos alimentos já levados para o sustento de sua família.

Enquanto caminhava, o pobre devedor imaginava a humilhação pela qual vivenciaria, sobretudo pensava preocupado no rompante que, possivelmente, enfrentaria quando estivesse com o seu credor.

Chegando, porém, ao pequeno armazém, deparou incrédulo no sorriso estampado no rosto do homem para quem ele devia. Ficou mais surpreso ainda quando ouviu, com um forte sotaque português, o dono dizer:

_O Frei já passou! ... Sua conta está paga! Fique tranqüilo...

Era Frei Galvão! Ele sempre costumava fazer isso em certas noites, passando pelos armazéns, discretamente, pagando as contas dos devedores pobres.

Prosseguindo em sua explanação, o Coordenador João Sérgio enfatizou que fatos iguais ao narrado são pouco conhecidos e difundidos. Adiantou que a Igreja ao afirmar que uma pessoa é santa tem a intenção de que os fiéis a admirem e a imitem. Confessou que, infelizmente, ignorava muita coisa da vida de Frei Galvão, como as obras de caridade praticadas por ele, bem como a grande devoção a Nossa Senhora.

Frisou também João Sérgio que Frei Galvão transmitia aos fiéis, muita paz, segurança e santidade, possuindo o dom de curar as almas e os corpos, efetuando inúmeros milagres, não apenas quando vivo, mas após o seu féretro. Nascido em Guaratinguetá, o humilde frade ainda em vida, foi cognominado de “o homem da paz e da caridade”, através de proclamação feita pela Câmara do Senado da Província de São Paulo e chamado também de “a ternura de Deus”. Frei Galvão foi o fundador do Mosteiro da Luz.

Finalmente, justifica o fato de pretender editar um livro relatando a vida generosa de Frei Galvão, agora santo, ao questionamento de grande parte do povo brasileiro em não conhecer os motivos determinantes da Igreja Católica Apostólica Romana em canonizá-lo.

Demarcy de Freitas Lobato (Em memória)
Enviado por Demarcy de Freitas Lobato (Em memória) em 11/08/2007
Código do texto: T602469