CORREÇÃO DE TEXTO - artigo de opinião em out. de 2017

I.(isso, ele, você) detém, eles, elas, vocês) detêm (verbo derivado de TER);

... a partir: é separado e sem crase quando seguido de verbo no infinitivo - regras de crase;

"...desrespeito às leis": uso obrigado da crase: quem respeita: respeita alguém e alguma coisa

Complemento nominal de (des)respeito: às crase.

II. Não inventar a escrita: não confundir F com f. veja em seu texto: Fomentando - o certo é "fomentando"

Não escrever "para que o problema acabe..." (na sua conclusão): escreva para que o problema seja minimizado ou superado ou tenha solução.

III. Na conclusão: há dois sujeitos para a locução verbal deve-se utilizar: "Ambas ações" e "recursos públicos".

Solução da concordância verbal: "Devem-se utilizar ambas ações como recursos públicos com a intervenção do Ministério da Fazenda ..."

A locução está no seu uso errado: sujeito no plural LEVA O verbo PARA O plural: o SE é pronome apassivador -

O SENTIDO DA FRASE COM O SE é o seguinte: AMBAS AÇÕES DEVEM SER UTILIZADAS COMO RECURSOS PÚBLICOS....

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Outra observação lógica e raciocínio ético:

A um erro de generalização quando afirma que a elite é a causa ou responsável pela criminalidade. Veja que pode ser parte dele, ou quando a elite se corrompe.

Cuidado com afirmações precipitadas ou equívocos de generalização ou dedução. Será que toda a elite é a casa da criminalidade? Que outras causas históricas e políticas podem aumentar ou diminuir a criminalidade que sempre existiu?

Obs. : Cuidado com os radicalismos de qualquer natureza: seja de demonizar o sistema, seja culpabilizar e excluir as massas.

O marxismo caiu nessa tendência ao defender o operariado fez uma visão economicista da história.

O capitalismo ao defender a liberdade endeusou o individualismo e a competitividade predatória do capitalismo e do endinheiramento dos burgueses.

O realismo de Machado de Assis foi inteligente quando criticou a hipocrisia dos burgueses do séc. XIX.

O naturalismo foi extremista quando avaliou as camadas populares ao identificá-las com a patologia social decorrente do meio ambiente, fatores históricos do determinismo ou evolucionismo darwiniano, a leitura preconceituosa e racista dos negros do Brasil como inferiores e perigosos em Cortiço e O Mulato (obras nesse sentido inferiores à produção machadiana).

Alerta: Não a sua generalização ou equívoco sobre: "A elite lucra com o crime": (De que modo a elite vem lucrando com a corrupção e aproximando-se dos criminosos?)

É melhor pensar e escrever assim: A elite corrupta tem ganho com a corrupção e conluio aos grupos do crime organizado em todo território do Brasil, burlando a lei, dominando os poderes constituídos do Estado, intimidando autoridades pelo tráfico de influências e propinas ...

IV. Sugestões de modificação do texto:

"... gerou mais crimes, assaltos, mortes etc. A instituição mais penalizada é a polícia atual, a qual convive todos os dias com [percalços e paradoxos da corrupção, salários precários e condições péssimas de trabalho e infraestrutura no combate ao crime organizado no país]. " Veja que a morte atinge policiais e jovens negros das comunidades envolvidos ou não no crime (bandidos e gente inocente).

O crime prejudica a sociedade, destrói lares etc. Precisamos, pois, investir em educação de qualidade, saúde para todos, segurança e emprego para que o Brasil seja um país ético e supere suas mazelas históricas e políticas insuportáveis na economia e política.

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Veja o artigo sobre a morte de jovens em confronto com a polícia: clique em:

https://www.cartacapital.com.br/sociedade/vidas-negras-importam-ou-a-comocao-e-seletiva

Vidas negras importam ou a comoção é seletiva?

por Djamila Ribeiro — publicado 03/03/2016 15h59, última modificação 03/03/2016 16h00

Há três meses ocorreu a chacina de Costa Barros, na qual cinco jovens negros foram assassinados pela PM no Rio. Por que não houve comoção nacional?

Segundo dados da Anistia Internacional, dos 30 mil jovens vítimas de homicídios por ano, 77% são negros. O movimento negro vem denunciando há tempos o que chama de extermínio da juventude negra.

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"O texto como tessitura, tecido de ideias, é ideológico e político, nos abre a novos esquemas mentais e sociais - mas as palavras são traiçoeiras, porque podem nos fechar em outros esquemas mentais e emocionais. Isso nos impede de ver mais além de nós mesmos. Avaliar outras facetas da vida e da política ou temas da existência. "

(...)

Em novembro de 2015, outro ataque terrorista em Paris, que deixou dezenas de mortos, também causou emoção. Mais campanhas foram criadas e o Facebook até disponibilizou um filtro com as cores da bandeira da França para as pessoas colocarem em seus perfis em solidariedade.

Com isso, de forma alguma quero dizer que as mortes ocorridas em Paris não deveriam ser lamentadas e impor com o que as pessoas devem se emocionar ou não, muito menos criticar quem se comoveu. Não podemos rebaixar a discussão a esse nível."

(...)

É verdade que todas as vidas importam, mas é igualmente verdade que nem todas as vidas são construídas para importar. E é precisamente por isso que é mais importante nomear as vidas que não importam e estão lutando para isso no modo que elas merecem".

E é por isso que nós, feminismo negro, movimento negro e aliados, seguiremos dizendo: a vida negra importa. E é necessário que essa sociedade, além de chorar essas mortes, se responsabilize por elas. Nós não esqueceremos."

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V - O uso das conjunções conclusivas:

1º Não há necessidade de terminar escrevendo cada parágrafo com conjunção conclusiva necessariamente.

2º Pode-se variar a conjunção conclusiva na sua CONCLUSÃO. Não é necessário usar a DESSARTE, que é pesado para um texto ou artigo de opinião de um estudante (diferente de um escritor renomado ou da Folha de São Paulo, ou um jornalista.)

3. Tente usar outras CONJUNÇÕES CONCLUSIVAS ATUAIS para não ficar tão pesado seu texto.

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Você se vale de um arcaísmo da língua portuguesa de Portugal, no Brasil, preferimos utilizar: CONJUNÇÕES CONCLUSIVAS

Ideal para concluir a redação de forma clara e coerente.

Serve, também, para concluir uma ideia no parágrafo.

Em sua conclusão, não deixe de empregar alguma destas conjunções, indicando o fim do texto.

PORTANTO, LOGO, ENTÃO, POR CONSEGUINTE, ASSIM, POIS…

O aluno estudo muito para a prova, portanto deve passar no exame este ano.

O governo deve, por conseguinte, melhorar a estrutura dos serviços públicos.

FONTE:

Conjunções e conectivos na redação

LEONARDO 1 COMENTÁRIO REDAÇÃO

http://blog.agoravouaprender.com.br/conjuncoes-e-conectivos-na-redacao/

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– Conclusivas: Indicam conclusão em relação ao que já foi exposto. São conjunções conclusivas: logo, portanto, pois (depois do verbo), assim, por isso.

Exemplo: “Estudei muito, por isso passei no vestibular.”

FONTE:

COMO USAR CORRETAMENTE AS CONJUNÇÕES

CARLA GOBB JULHO 20, 2016 DICAS DE REDAÇÃO

http://www.imaginie.com/como-usar-corretamente-as-conjuncoes-gramaticais/

J B Pereira e http://www.imaginie.com/como-usar-corretamente-as-conjuncoes-gramaticais/
Enviado por J B Pereira em 22/10/2017
Código do texto: T6149888
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