Vou-me embora pra Belém do Pará

Vou-me embora pra Belém

lá todos os dias o Papai do Céu abençoa aquele solo a oferecer sol e chuva,

lá as comidas típicas são o verdadeiro encanto dos paraenses,

lá as mangueiras, com seus frutos, saciam a fome daqueles que parecem ser invisíveis à sociedade.

Vou-me embora pra Belém

porque acredito que lá eu possa ser mais feliz,

a contemplar a nova orla e a ver o sol, no final de cada tarde, beijar a baía do Guajará.

Lá o coração palpita, a identidade humana se expressa quando nos deparamos com situações que dependem também de nós para chegarmos a uma solução.

É bem verdade que às vezes, lá, vivemos a insegurança, a incerteza.

Mas nada nos impede de comtemplar a riqueza de cultura nas rodas de carimbó, ou de nos fortalecermos com o energético da Amazônia: açaí.

Vou-me embora pra Belém

lá no mês de outubro, filhos de todas as partes do mundo vão saudar a Mãe da Humanidade: Virgem de Nazaré.

Vou-me embora pra Belém

lá muitos sonham com muitas fantasias, onde muitos prometem e muitos esperam que muito ainda seja feito.

Lá a era digital chegou, e mesmo assim, a boiuna, o saci, o curupira e a matinta-pereira são lembrados nos dias de apagão.

Vou-me embora pra Belém

lá estudei Manuel Bandeira a quem peço licença para prestar a minha homenagem a uma senhora Morena, que hoje colhe 402 primaveras. Parabéns, Belém! A quem tanto quero bem!

Robson Rua
Enviado por Robson Rua em 12/01/2018
Reeditado em 17/08/2018
Código do texto: T6224451
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