Na sala de espera de um consultório médico resolvi ler  uma matéria sobre a dificuldade quotidiana do mundo de um cadeirante. Tema este muito importante, mas, infelizmente, esquecido ou desprezado pela sociedade e pelas autoridades competentes em nosso país . Situação completamente oposta do que eu pude presenciar graças às minhas andanças por esse mundo de meu Deus. No exterior, esta questão é de suma prioridade pois as cidades são programadas para atender dignamente todo cidadão de necessidade especial.  A matéria ficou muito bem redigida e ali fiquei pensativa no assunto...Ao sair de minha consulta, vou em direção ao meu carro e, de repente, ouço um barulho de uma moto, em baixa velocidade, vindo em minha direção. Ao me alcançar, um homem saltou da garupa e, eu, particularmente, achei que ele iria solicitar alguma informação. O rapaz desceu da moto ainda com o capacete.  Em uma fração de segundos, ele sacou um revólver e apontou para o meu peito ordenando: “Encoste no muro e me passe tudo... Bolsa, celular, sem fazer alarde!”. Obedeci na mesma hora. A imagem da arma não saía do meu campo de visão, e pude ver que se tratava de um revólver calibre 38. De posse de minha bolsa, ele voltou para moto e arrancou em alta velocidade. Após a saída do rapaz, desatinei a chorar e a me tremer, com o coração acelerado. Me aproximei do portão de um condomínio no bairro da Aldeota e, felizmente, havia um casal de meia idade sentado pertinho da portaria do prédio. Tremendo feito vara verde, pedi um copo d’água para espantar um pouco o susto. Narrei o fato recém ocorrido ao porteiro e o senhor, muito solidário, se encarregou de ligar para a polícia. Ainda bem que ele não levou o celular que uso para o meu trabalho e a chave do carro. O celular tinha ficado no carro e a chave do veículo  estava no bolso da minha saia. A chateação agora é retirar todos os documentos e fazer novos cartoes bancarios. Lamentavelmente, este é só mais um caso de violência que assola nossa cidade ultimamente. Agradeço ao meu Deus por nada ter acontecido comigo e por ter escapado da MO”r”TO.
 

 
Amethystte
Enviado por Amethystte em 09/03/2018
Código do texto: T6275287
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.