A "fazenda dos animais" no horário eleitoral

A FAZENDA DOS ANIMAIS NO HORÁRIO ELEITORAL
Miguel Carqueija

“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.”
“George Orwell, “Animal farm”/A fazenda dos animais)

Recente noticiário dá conta que o pré-candidato presidencial Geraldo Alkmin, do PSDB, conseguiu costurar coligação com mais doze partidos (sic) e consequentemente disporá de 30% do horário de propaganda eleitoral.
Se forem somados os demais partidos e coligações de esquerda com seus diversos candidatos — Lula, Ciro, Manuela, Henrique Meirelles, Boulos e outros que poderão aparecer — chegamos à conclusão de que a esquerda vai abocanhar mais de 60 por cento e possivelmente mais de 70 por cento do horário de propaganda!
Os rios correm para o mar, realmente. A farsa está montada para perpetuar o domínio da esquerda em nosso país. Essa mesma esquerda que desde 1995 vem esculhambando o Brasil, com os sucessivos desgovernos de FHC, Lula, Dilma e Temer. Tudo esquerdista.
Deus sabe que Marina Silva e José Maria Eymael são mil vezes melhores que essa “troupe’ de esquerda socialista ou neoliberal. Mas já entram previamente prejudicados.
A meu ver não poderia existir tal favoritismo. Os candidatos a um determinado cargo eleitoral — ainda mais no Executivo, onde só um nome pode vencer — deveriam dispor do mesmíssimo tempo eleitoral. Assim como está — e esta legislação precisa mudar — o candidato do PSDB, Geraldo Alkmin, o santinho de pau oco, já entra em campo com chance maior que os adversários. Para detê-lo só podemos contar com a ajuda do Céu e o discernimento do povo, que fará o favor, assim espero, de desprezar essa figura lamentável.
Nós não podemos aceitar a fazenda dos animais, a revolução dos bichos, que contraria os princíios democráticos.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2018.