NÓS SABÍAMOS 'APRONTAR' AS NOSSAS NAQUELES TEMPOS, TAMBÉM.

Terça-feira, 25 de Setembro de 2018

Certa vez, quando aluno de ginasial, estávamos num grupo andando no que chamávamos de "pela estação do bairro", quando alguém sugeriu ir no bazar papelaria que ali existia, comprar algo. Mas um dos nossos, colocou seus cadernos sobre a pilha dos cadernos que a loja vendia, e estavam ali empilheirados em exposição. Até aí, tudo bem.

Mas ao sairmos todos da loja, fomos andando de forma natural em direção às nossas casas. E esse grupo morava do lado contrário da estação, tendo que passar sob a linha férrea, através de uma passagem que existia ali. E já estávamos a uns cento e cinquenta metros da saída da mesma, quando um de nós percebeu que um homem nos gritava, abaixando-se e tirando os chinelos, sei lá, e dando a correr atrás de nós.

Nessa circunstância, não ficou um só, ali. Corremos todos, espalhando-nos em todas as direções. Eu e outro colega, ao chegar na frente da casa de um dos que estudavam conosco, mas que não estava nessa "patota", resolvemos invadir o local, escondendo-nos lá pelo fim do terreno, no meio do mato. E ficamos ali por um certo tempo, esperando o sufoco passar. Tudo isso aconteceu pelo fim da manhã, já quase ao meio-dia.

No entanto, no meio da tarde, fui surpreendido em casa pela visita de alguns colegas que estavam junto naquele episódio, cedo. Um deles disse-me que haviam decidido voltar ao bazar para devolverem os cadernos que haviam surrupiados de lá. Pois quando colocaram seus cadernos sobre a pilha dos cadernos do bazar, ao saírem, trouxeram alguns deles, "distraidamente". E o dono da loja percebeu essas artimanhas. E foi no colégio reclamar à direção do mesmo.

Dessa forma, não se teve outra alternativa a não ser obedecer a recomendação da diretoria, na devolução dos cadernos surrupiados. E assim, voltamos quase que o grupo completo, à loja, devolvendo os produtos da mesma. E a situação foi resolvida, mesmo que mal explicada pelos que fizeram a manobra.

É claro que foi um episódio esporádico. Até porque, naquele tempo, a garotada não tinha os maus princípios das de hoje, onde se observam acontecimentos pesados por parte de certos estudantes. Era uma época de muita inocência. Mesmo que alguns possam achar que não.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 25/09/2018
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