Eleições presidenciais no Brasil, seria cômico se não fosse trágico...

Analisando um pouco mais o comportamento dos brasileiros nessas eleições, principalmente a presidencial, podemos notar que o problema do Brasil está no brasileiro.

Vivemos numa nação democrática, logo todos tem o direito de escolher o candidato que mais represente suas ideias, não farei oposição nenhuma, a nenhum candidato, só vamos pensar.

Atualmente a situação de definição do cargo do poder executivo do Brasil encaminhou-se para o segundo turno, de um lado temos um candidato à presidência que faz sua campanha baseada no mandato de um ex-presidente, este que seria candidato também nessas eleições se não fosse o fato de ele estar preso. O candidato em questão tem a pior campanha como prefeito de uma das maiores cidades do Brasil, e é acusado em inúmeros casos de corrupção.

De outro lado, temos um candidato de extrema direita e traços fascistas em seus discursos, se orgulha em dizer que não há citações de seu nome em nenhum caso de corrupção, mas há inúmeros vídeos e relatos de sua exaltação em público, principalmente contra mulheres, onde já o consideram um machista, por principalmente, apoiar a ideia de uma mulher ter o salário inferior à de um homem mesmo estando exercendo a mesma profissão.

Podemos notar que a situação do brasileiro não é das melhores, de um lado temos o chamado “rouba mas faz”, um partido que está a 13 anos no poder no nosso país e o responsável pelo Brasil atravessar a atual crise econômica. Do outro lado temos o “não rouba e nem faz”, “não chove e nem molha”, o candidato que faz muitos temerem a volta da ditadura e com ela suas repressões, pelo fato do candidato ser um militar com diversos discursos favorável a essa fase no Brasil.

Agora vamos ao porque de dizer que o pior do Brasil é o brasileiro. Todos nós sabemos que as eleições dividem ideias e compartilham de propostas diferentes, mas todas elas em prol de uma melhoria. O que acontece no nosso país é a extrema adoração pelo candidato, temos que pensar que estamos elegendo um ser humano, e não um Deus, um Messias, ele está propício a erros como todos nós, e não vai resolver os problemas do país em um piscar de olhos, seja ele quem for, seja qual for o método que ele usará para governar. O brasileiro insiste em travar brigas pelas redes sociais, perseguir opositores nas ruas para tentar fazê-los ouvir e concordar com suas ideias, e em casos mais graves agridem opositores. Este seria o momento do Brasil se unir, ouvir a proposta dos candidatos, pesquisar suas vidas políticas, como se comportaram em situações que dependiam de suas decisões, o que já fizeram em benefício daqueles que estavam sob seus comandos, depois de tudo isso chegarem a um candidato que estivesse em concordância com tudo que fosse apresentado, e assim ser eleito no primeiro turno. Mas você percebe que a situação do país está péssima quando o eleitor se preza a fazer campanha pro candidato que ele mesmo teme, o Brasil não possui candidatos à presidência, possui partido político, ou você é direita ou esquerda, se for pobre não pode ser direita, se for rico é rechaçado se for de esquerda. Isso se mostra no resultado desse segundo turno, o brasileiro nem se deu ao trabalho de analisar os candidatos, votaram naqueles por quem têm admiração, ignoram totalmente o passado de ambos candidatos e os elegeram ao segundo turno simplesmente pela arrogância, como podemos escolher entre um ladrão e um ditador? A história mostra como foram a vida de milhões de Alemãs e soviéticos durante os mandatos de Hitler e Stalin, e o nosso presente nos mostra o resultado de um governo corrupto e ladrão, então a situação do Brasil e do eleitor brasileiro é complicada, e pela primeira vez na vida eu concordo com um até então confuso pensamento de Dilma Rousseff em um dos seus discursos que diz: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem quem perder, vai ganhar ou vai perder. Vai todo mundo perder.”’E essa é a única certeza que eu tenho nessas eleições…