UMA HISTÓRIA SOBRE AS ÁRVORES

Este ano o nosso querido Belo Horizonte viveu um perturbador processo com as árvores da cidade.

A introdução de espécies exóticas na cidade nos últimos anos, sob o argumento de que seriam elas mais belas e propícias para nossos parques e passeios deu origem à proliferação de um besouro exótico que acabou por contaminar as árvores nativas gerando grandes riscos de desabamentos e de descaracterização de nossos jardins, já existentes há algumas décadas.

Referidos besouros surpreenderam a todos, por sua resistência e pelo modo de sua atuação. É que os mesmos se desenvolvem no interior dos troncos, e silenciosamente foram consumindo nossa flora, sem que fosse perceptível sua expansão por quem está de fora.

Somente quando as árvores davam sinais de que estavam doentes é que era possível verificar a contaminação, mas ai já era tarde porque e as mesmas já estavam completamente comprometidas e a sua queda era irreversível.

Infelizmente perdemos várias árvores nativas em função de uma irresponsável introdução de elementos externos que se constituíram em verdadeiras incubadoras do besouro responsável pelo adoecimento e colapso de nossos espécimes.

No entanto nos resta um alento, os jardins não são elementos consolidados, são mutáveis, e assim como às vezes estão preenchidos pelos mais belos espécimes e sucumbem, quando estão devastados também podem se recuperar e voltar a florir.

Para promover tal recuperação, precisamos agora privilegiar as espécies nacionais que melhor se adaptam ao nosso ambiente e são menos vulneráveis a elementos externos. Temos espécies resistentes capazes de superar qualquer cenário devastado e restaurar o cenário outrora vivaz de nosso Belo Horizonte, não hesitemos em usá-las!