ROUBAR E COMER FRUTAS EM TERRENOS NAS VIZINHANÇAS

Rio de Janeiro, Segunda-feira, 22 de Outubro de 2018

A molecada de hoje em dia mudou totalmente os hábitos que nós tínhamos em décadas passadas. E refiro-me à alimentação. Muitos hoje são afetados. Não comem isso, não comem aquilo. Antigamente diríamos: uma frescura.

Imagina alguém não gostar de certas frutas? Com o tempo andaram falando mal de algumas que comíamos em nossa infância. A carambola, por exemplo. Dizem hoje que não se deve comê-la. Vá se explicar um negócio desse?!!

Nós, garotos de décadas passadas, comíamos de tudo, praticamente sem exceção. E tínhamos por prática roubar frutas em terrenos da vizinhança. Era pura adrenalina pular muros altos, enfrentar cachorros ferozes e até mesmo os donos das casas/terrenos, que ficavam bravos com a audácia da meninada daquela época.

Esses atos eram, sim, errados, mas não continham os maus bofes dos dias atuais. Não se causava prejuízos materiais a ninguém. Também não atacávamos e nem feríamos pessoas. Era apenas pura diversão e risco. Coisa mesmo da infância.

Uma das frutas que mais roubávamos era a goiaba. Também as mangas. Essas eram frutas mais comuns nos terrenos da vizinhança. Mas havia outras mais raras que também cobiçávamos. O sapoti, o jambo e também o jamelão. Este último era fértil em pés que existiam na rua em que eu morava em Anchieta. E cansei de ficar lá em cima da árvore me deliciando dessas frutas.

O progresso se incumbiu de diminuir fragorosamente o número de terrenos com fruteiras nas grandes cidades. As construções de muitas casas e prédios tomaram conta de tudo, diminuindo a chance da garotada de possuir tais espaços e brincadeiras. Hoje estão espremidas em playgrounds, e só dispõem de cimento em solos em que brincam.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 22/10/2018
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