ALUNOS DE ONTEM E DE HOJE: MUITA DIFERENÇA.

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Segunda-feira, 5 de Novembro de 2018

Não há como nenhum de nós, com a idade avançada, deixar de comparar os tempos, as épocas, passadas, com os dias de hoje. E o período escolar, primário e ginásio, são dos mais férteis para isso.

A situação mudou tanto que nós, os enários*, estranhamos a quase tudo o que assistimos nesses dias atuais. Em nosso época de menino(a)s éramos tratados com tanta severidade que a meninada de hoje se o fosse, também, por certo não resistiram nem a viver.

A minha mãe, por exemplo, sempre que se encontrava com uma de minhas professoras, fazia questão de dizer a elas que "metesse o pau nesse sujeito". Isso em caso de bagunças. Era esse o modo dela falar, referindo-se a mim. E o fazia com uma naturalidade impressionante.

Hoje em dia, se qualquer pai ou mãe fizer a mesma coisa, a polícia os prenderá. Acusando-os de maltratarem seus filhos. Também dirão que os mesmos ficarão estressados e complexados com isso. Mas naquele tempo não havia e nem acontecia nada disso. E hoje, somos todos pessoas normais.

Em contra partida, a garotada de hoje é que é complicada. Mal educados e malcriados, assim, de forma tão natural. E são assistidos por um montão de gente: fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais. Durma-se com um barulho desses.

Mas ainda existem outros detalhes muito diferentes dos daqueles tempos. Os alunos hoje não sabem quase nada de escola. Sabem bastante de outras coisas, mas de cultura escolar, mesmo, passam longe. E nem percam tempo em fazer-lhes perguntas. De Português, Matemática, História, Geografia. Ficam devendo.

Essas parafernálias eletrônicas se incumbiram de mudar tudo. E como todos (ou quase) possuem computador, qualquer coisa correm logo lá no Tio Google. Ele costuma ter as respostas na ponta da língua. Ops, na ponta dos dedos, nas teclas. E ficam sabendo hoje o que precisam, mas amanhã e depois, já não se lembrarão de coisa alguma.

Os métodos educacionais cresceram. Mas não conseguiram melhorar as performances de conteúdo mental escolar. Diferentemente daqueles velhos tempos onde as sabatinas nos exigiam demais. E não era fácil ir para a frente da turma encarar as perguntas que o(a) professor(a) nos fazia. E valia nota para a prova.

Enfim, o mundo gira, as coisas mudam e nós vamos seguindo em frente. E olhe lá!

*Em tempo: enários: pessoas que já passaram dos cinquenta anos.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 06/11/2018
Código do texto: T6496046
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