A Liga argelina para a Defesa dos Direitos Humanos

A Liga Argelina para a Defesa dos Direitos Humanos (LADDH) chamou quarta-feira as autoridades argelinas para escolher a trilha certa em vez do caminho perigoso para o futuro do país".

“O governo vai tomando um caminho perigoso para o futuro do país, em vez de ir no sentido do pacifismo com o qual os argelinos defendem”, declarou a entidade num comunicado; antes da comemoração do 2º aniversário da revolta popular, 22 de fevereiro de 2019, segundo o ex-presidente Abdelaziz Bouteflika.

Preocupando-se pela deterioração da vida social e dos direitos humanos no país, chamando às autoridades sobre as medidas "concretas" e "imediatas".

"cujo histórico é impressionante durante esses dois anos: muitas prisões arbitrárias, condenações de rotina, bem como muita exclusão, angústia e miséria", sublinhou o presidente da LADDH, Noureddine Benissad, dirigido o comunicado junto à imprensa.

A LADDH declarou-se estar "convicta" da mudança exigida pelo povo, que "é possível"; "baseado no respeito dos direitos humanos", da obrigação jurídica, política e moral de todos; bem como em relaçao ao poder central e inteligência.

Tal propósito depende da organização de defesa dos direitos humanos em termos da “extensão da pobreza”, do “desemprego” e do “agravamento da situação dos mais vulneráveis, imprescindível, sobretudo nesta pandemia; necessitando de " medidas concretas e imediatas".

Os ativistas reiteram as exigências fundamentais de "Hirak", nomeadamente "a libertação de todos os prisioneiros de consciência", o "respeito das liberdades de opinião, de expressão, de reunião, de manifestação pacífica de organização e liberdades. Sindicais", bem como de "uma imprensa livre" e " de uma justiça independente ”, sublinha LADDH; anotando que“ perante os desafios económicos e sociais , só um compromisso histórico poderá permitir levar a paz, através da construção de um verdadeiro Estado de direito, preservando a coesão social e a paz civil ” .

Além disso, os advogados dos bares de Blida e Argel decidiram, na quarta-feira, boicotar as audiências que acontecem no Tribunal de Blida por um período indefinido, a partir de quinta-feira, 18 de fevereiro.

Segundo o advogado Mouhoubi Ammar, citado pelos meios de comunicação argelinos, tal decisão decorre do mandato de um colega e da confirmação da decisão do mesmo Tribunal.

Por seu turno, Sr Chadi Moumen declarou que "o nosso colega da Ordem dos Advogados de Blida foi submetido a um mandado de prisão há três dias na sequência de um desentendimento pessoal com uma magistrada". Cujo réu foi, recordando, processado por "desacato ao tribunal".

Em solidariedade com seus colegas, vários advogados organizaram uma ação de protesto dentro do tribunal de Blida expressando a sua rejeição da decisão. Lembrando que a Ordem dos Advogados de Blida se posicionou a favor dos advogados de outros três Tribunais, nomeadamente Chlef, Ain Defla e Tipasa.

No final, a movimentação também foi organizada, quarta-feira passada, junto ao Tribunal de Justiça de Blida, cujos advogados mantêm apoio ao seu colega em prisão preventiva.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário; Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 19/02/2021
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