Belos 18 anos

Tá na hora de amadurecer, "você já é grandinho" - quem nunca ouviu isso? - e outras frases clássicas dominam o dia-a-dia.

A vida se resume num "quero e não posso, mas faço mesmo assim", daí vira a festa.

De longe dá pra ouvir o "vai estudar" que o mundo nos diz e se já trabalhamos vem aquela cara de surpresa.

Geração Coca-cola, geração Nova Schin(eu ainda não experimentei)... Seja lá o nome, somos únicos e só mudamos o endereço.

O mais bonito é aquela coisa de menino querendo ser notado, mocinhas com maquiagem cedinho, ciúme tolo... E um quer falar mais alto que o outro(já perceberam?)!

Bah, os livros são feios, um tédio. Legal é sair, tomar todas, dizer que pode e fazer graça com o carro.

Mas, mas, daí vem o maduro da turma e solta um "como vocês são crianças" escondendo as brincadeirinhas infantis lá no fundo, e quem diria que ele mesmo as revela num piscar de olhos.

É, é mas não é... Assim é uma boa definição, não?

Eu não sei escrever, acho uma beleza meus textos - assim como achava meus antigos, dos quais hoje me envergonho - e os reviso, releio e faço tudo parecer obra-prima. Ah, deixa pra lá, deixa ele pra amanhã, vai que serve pra umas boas risadas? Pois é agora que é necessário escrever feito gente, estão dando nota e marcando tudo em vermelho! De vez em quando sai um destaque, daí a gente tira um sarrinho e fica com aquela dor de cotovelo.

Não é bem assim que acontece?

Melhor ainda é jogar tudo para o alto, a gente teve aula sobre o carpe diem hoje! Semana que vem volta tudo ao normal, sem preocupações(mas comentando do Zé que exagerou nas idéias e quebrou a cara!).

E parece que todo mundo começa a amar, incrível idade pra isso, todo mundo ama todo mundo e fica aquele grupo dos apaixonados. O outro grupo é o dos que [ainda] estão esperando pra se apaixonar. E as meninas sempre têm aquela música que elas acham lindas, que os meninos odeiam, e todo mundo ouve junto...

Daí vem o pior. Já que nos cobram tanto(não é?), a gente tem que tomar as decisões mais importantes como se fosse um toque de mágica! E chove gente brigando e amizades se perdendo, por bobagens!

Só que tem sempre aquele outro Zé que já é sério, já é amadurecido. Como ele é visto?! Daí ele é herói, ele é respeitado... Daí ele já não tem mais essa idade, o número não importa, é fazer parte dessas e todas outras coisas que nos fazem ter... Dezoito anos.

Pancho
Enviado por Pancho em 06/12/2005
Código do texto: T81804