O Cinzel do Tempo

Hoje já não se vê graça,
No banco escuro da praça,
A ânsia por um novo beijo;

E aquele abraço apertado
Ou mesmo o beijo roubado
Já não são mais um desejo...

Já não se mandam bilhetes;
Se são precisos lembretes!?
Internet no celular!

Onde tudo se registra,
Onde se procuram listas
Dos que querem namorar...

É esse tom de nostalgia
Pra dizer que eu ficaria
A noite inteira a esperar

Um só beijo teu que fosse,
O mais doce dentre os doces
Que eu pude experimentar!...

É mesmo o tempo um cinzel
E tudo abaixo do céu
É por ele transformado,

Assim como foi esculpida
Na que era minha tua vida
Para o amor ser entalhado!
Antonio R Filho
Enviado por Antonio R Filho em 28/02/2018
Reeditado em 10/03/2018
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