MARIQUINHA - 20a. PARTE

20a. PARTE A VOLTA PARA CASA

Saí para o quintal, apanhei a tralha que ali estava jogada e voltei para casa, sem trocar uma palavra com quem quer que fosse. Em minha casa sim, existia uma velhinha que daria a vida por mim: minha mãe... Essa sim, abraçar-me-ia. Ela estava acordada esperando o filho que arriscava a vida no precipício do sertão para salvar um velho amigo. Minha mãe abraçou-me e me beijou várias vezes e disse: _ Meu filho, meu filho!

Não pôde falar mais nada, desmaiou nos meus braços.

Só depois de algum tempo, conseguiu falar: _ Pedi tanto para Santa Luzia alumiar o seu caminho e trazê-lo de volta para mim e Ela me atendeu. Já acendi as velas no altar. Vamos agora rezar comigo, filho, eu prometi pra santa.

Obedeci prazerosamente e fui ajoelhar-me aos pés do altar; rezei bastante à Santa Luzia e agradeci a ajuda que, tenho certeza, Ela me deu a pedido de mamãe. Nesse instante lembrei-me também de outra santa, da Mariquinha.

Depois de tomar um café com farofa de ovo que só mamãe sabe fazer tão bem, enquanto a madrugada já ia longe, caí numa fofa cama como se fora uma pedra que cai e lá fica imóvel, no mesmo lugar fiquei.