Três desenhos

A fragata

O que leva uma pessoa, que a comunidade científica incluiria no grupo dos seres racionais, a atirar numa fragata com arma de grosso calibre a ponto de atingi-la e provocar a amputação de uma de suas asas impedindo-a para sempre de voar?

Rio, 08/08/2016

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Duas "inacreditabilidades"

Inacreditável. Como pode um servidor da Força Policial, responsável pela segurança dos Jogos Olímpicos, perder-se no Rio e entrar indevidamente na Vila do João? Ali não é um território livre. Acho que nem para o Exército. Compreende-se que tenha acontecido com os torcedores do Santos ou do Palmeiras que não conheciam bem a cidade. Ou com o coitado do engenheiro que deve ter sido vítima de uma sinalização inexistente. Mas não com um membro do staff das forças de segurança. Seja ele de Roraima ou do Piauí. Esses militares estão atuando sob as ordens de um comando que se supõe suficientemente aparelhado para a identificação de quaisquer pontos da cidade. Sempre deve ser crucial para a segurança a questão da logística.

Outra "inacreditabilidade": por que o metrô e o BRT deixam de funcionar após a meia-noite durante os Jogos Olímpicos? Se existem competições que se iniciam às 21 ou 22h? Por que expor os turistas nacionais e estrangeiros à frequente insegurança de nossas vias públicas? Se dentro do metrô ou BRT não estamos às vezes garantidos, o que dizer fora deles?

Não se compreende que essas duas gritantes fragilidades possam colaborar com a retirada do brilho da festa dos Jogos Olímpicos.

Rio, 13/08/2016

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É noise

Itália. De vez em quando a Natureza coça um pouco as costas ou vira-se de lado na cama e desaparecem mais de 200 pessoas. Porque somos muito frágeis, embora às vezes nos achemos implacáveis.

Mas estudiosos e especializados como somos, dizemos que fatos como esses, assim como a guerra das FARC na Colômbia ou ao extermínio de pessoas no Oriente Médio, são o resultado da necessidade de contenção da expansão demográfica.

Rio, 26/08/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 31/08/2016
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